Para falar da pintura
grega é necessário fazer referência à cerâmica, já que foi precisamente na
decoração de ânforas, pratos e utensílios, cuja comercialização era um negócio
muito produtivo na antiga Grécia, que a arte da pintura pôde se desenvolver. No
começo, os desenhos eram simplesmente formas geométricas elementares - de onde
se originou a denominação de geométrico conferida a esse primeiro período
(séculos IX e VIII a.C.) - que mal se destacavam na superfície.
Com o passar do tempo,
elas foram gradativamente se enriquecendo, até adquirir volume. Surgiram então
os primeiros desenhos de plantas e animais guarnecidos por adornos chamados de
meandros. Numa etapa próxima, já no período arcaico (séculos VII e VI a.C.),
começou a ser incluída nos desenhos a figura humana, que apresentava um
grafismo muito estilizado. E, com o aparecimento de novas tendências
naturalistas, ela passou a ser cada vez mais utilizado nas representações
mitológicas, o que veio a aumentar sua importância.
As cenas eram apresentadas
em faixas horizontais paralelas que podiam ser visualizadas ao se girar a peça
de cerâmica. Com a substituição do cinzel pelo pincel, os traçados se tornaram
mais precisos e ricos em detalhes. As peças de cerâmica pintadas começam a
experimentar uma perceptível decadência durante o classicismo (séculos IV e V
a.C.). No entanto, passado um bom tempo, elas acabaram ressurgindo triunfantes
no período helenístico (século III), totalmente renovadas, cheias de cor e
ricamente decoradas.
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